sábado, 16 de junho de 2012

MAIS RETROCESSOS QUE AVANÇOS



       Todos aqueles que acompanharam ou têm notícias através de informações, devem chegar à conclusão de que o nosso município ainda não conseguiu se desenvolver de forma plena por uma única razão: a crônica ineficácia política, que o persegue durate quase todos esses inglórios anos.  
      Se não, vejamos: nossa terra até os anos 40, ainda liberta do inconsequente mandonismo, isto é, da prepotência de alguns, destacava-se como um dos municípios mais promissores de nossa região. A partir daí, fora tragada por um sistema perverso, onde um pseudo-líder dominou a política local, com cinco mandatos na Câmara Estadual, utilizando-se unicamente do clientelismo. Com esta prática, tivemos cerca de 25 anos de retrocesso.Como prova cabal, Sta. Izabel não possuia sequer ruas asfaltadas, agências bancárias , escolas suficientes, isto entre 1950 e 1975 aproximadamente. Diante do insólito retocesso, parte do grupo dominante se revoltava ainda nos anos 60 e elegia o cidadão Nestor Ferreira (um dos rebeldes), o que provocou a fúria do então líder. Nestor fora ignorado pelo então parlamentar e prejudicado visivelmente em seu mandato. Em seguida a mesma ala insurreta, após sondar alguns jovens, encontrou Alderico Miranda e o fez prefeto. Porém este, alegando interferência em sua gestão abandonara seus "criadores", buscou apoio em Americano e conseguiu comandar a política por cerca de 15 anos. Apesar de ter tido como aliado, nos seus três mandatos, o então governador Jader Barbalho, sem um planno de governo plausível e pouca maturidade administrativa, deixava o município em situação clamorosa, o que lhe valeu, o esquecimento do povo.
       Depois Edilson Abreu ingressara na vida pública e com a ajuda do governo do Estado e Federal, quando ia na fonte atrás de recursos, realizou um excelente primeiro mandato,  livrando inclusive o municpio da insolvência. Porém na segunda gestão, não foi tão brilhante apesar de ter deixado os cofres e o município em equilíbrio.
      Em 2001 Antônio Simão, que havia perdido o pleito anterior para Abreu, era guindado à Prefeitura, cujo povo acreditava por ter sido um  alto empresário, porém encontrava-se "aquela altura em visível declínio. Teve dificuldade em administrar por falta de traquejo político e como muitos outros, sem uma boa assesoria e muito menos sem amparo das outras esferas, desnorteou-se, e quase leva o município à bancarrota. 
      Passados mais esses quatro anos de retrocesso, Marió Kato assumia o município em um momento extremamente crítico em 2005, e levava cerca de dois anos para tirá-lo dessa verdadeira UTI. Pagou todas as dividas mais urgentes, colocou o funcionalismo em dias e ainda realizou algumas obras. O povo o elegia no pleito seguinte, possivelmenre apostando em um significativo avanço -o que deve ter frustrado a muitos, pois sem o empenho que demonstrou anteriormente e segundo ele, a falta de apoio dos governos estadual e federal (apesar de jamais ser importunado pelo legislativo atual), caminha para o fim do atual mandato, com o propósito de fazer seu sucessor, posivelmente mais por acreditar no potencial financeiro do candidato e de alguns empresários que o cercam, do que pela autenticidade e identidade. do escolhido.
       Depois desta eleição de outubro próximo, nós enquanto eleitores e tolerantes izabelenses, esperamos naturalmente substanciais avanços, pois de retrocessos estamos plenos.
       Em nossa curiosa opinião, o que nos tem faltado realmente são verdadeiros homens públicos, que tenham traquejo,vivência e noção de política progressiva, bem como gestões, que possuam  musculatura, desenvoltura, que resulta em respaldo político, ante aos  escalões superiores. 
     Caso contrário, torna-se impossível acreditar-se em milagres ou mirabolâncias do gênero .
     

2 comentários:

  1. Lino,
    Sua postagem faz um perfeito apanhado da história politica do nosso municipio.
    E como aprendi, que devemos estudar a historia para nos livrarmos dela, para que nao cometamos mais os mesmos erros, essa sua postagem deveria ser discutida em praça pública.
    Para que nossos moradores pudessem ver o poder que um voto tem.

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  2. Caro Luiz:

    Agradeço-te as palavras louváveis.
    Realmente (ou infelizmente),nossa terra experimentou todos esses desmandos e equívocos, a história está aí. Como frisei,o grupo que seguia cegamente o citado parlamentar, só enxergou o erro, cerca de 25 anos depois. Como se vê, foram esses anos e mais 15, de outra facção, que somados,verifica-se mais da metade da vida do município.
    Não há portanto, necessidade de explicar a política e os atores que tivemos (e temos) -com raríssimas exceções.
    Causa-nos porém espécie (e tristeza), vermos jovens que ontem pareciam os verdadeiros bastiões renovadores,transformarem-se hoje, em instrumentos do continuismo.
    Ainda bem que existem inúmeras exceções.

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